JÁ FUI CONHECIDO COMO NETO PLACA, AGORA SOU CONHECIDO COMO NETO DA BR 020
Dos 6 anos até 12 anos de idade trabalhei na roça ajudando meu pai. Dos 12 anos até os 16 trabalhei de pedreiro. Dos 16 até os 30 anos exerci várias profissões: pintor, taxista, técnico em serigrafia e outras.
Me casei e comecei um novo desafio abrindo a primeira empresa com o nome Gene Criações, que quer dizer Germânia e Neto. Com essa empresa trabalhamos no ramo de serigrafia por um tempo, depois resolvi me dedicar ao ramo da comunicação visual com placas de identificação, onde resolvi abrir outra empresa com o nome Neto Placas.
Comecei a visitar construtoras de alto padrão, condomínios, e órgãos estaduais e municipais. Consegui visitar em torno de 60 construtoras e prestar serviço para empresas como a Marquise, C. Rolim, CCB, Baquit, Colmeia, Idibra, J. Simões, Mota Machado, Reata e outras.
Para o estado, prestei serviços para a Corregedoria Geral do Estado, Ouvidoria Geral do Estado e Secretaria de Segurança. Para o município de Fortaleza prestei serviço para a Escola de Saúde, Regional 3 e IJF.
Foi no IJF que tive a oportunidade de mostrar o meu talento executando vários projetos e desenvolvi também várias ideias de minha autoria, que foram muito bem aceitas, por exemplo: Quando foi inaugurado o 1º prédio de 8 andares, foi eu que, a pedido do diretor administrativo, Dr. Paulo Gradvohl, fiz o 1º adesivo de visitante e o 1º adesivo de estacionamento para controlar a entrada dos funcionários, e a urna de sugestões também foi eu quem criou. Inclusive, fui chamado pela então ouvidora geral do estado, Dra. Socorro França, para copiar a mesma ideia que havia feito para o IJF.
Depois desses serviços que eu desenvolvi e executei, fiquei conhecido por todos os chefes de setores do IJF, pois o diretor Paulo Gradvohl ficou impressionado com minha abilidade e honestidade e orientou o setor de compras para me convidar para todas as coletas de preço de serviços diversos, e durante 16 anos executei os seguintes serviços: comunicação visual em placas e adesivos, serviço de marcenaria, serviço de eletrônica, serviço de pintura automotiva, confecção de negatoscópio e a confecção de um tubo suporte de acrílico para conservar com líquido a mangueirinha da endoscopia, e outras ideias.
Depois de tudo isso, me cansei do trânsito e das burocracias das elites intelectuais, foi aí que desejei trabalhar como consultor e despachante do RNTRC da ANTT em 2005, quando entrou em vigor a 1ª resolução da ANTT criada em 2004, que obriga, sob pena de multa, o transportador TAC e ETC remunerado a se cadastrar no RNTRC.
Comecei a me desligar de todas as outras profissões aos poucos, pois nada me garantia que eu me tornasse um consultor e despachante como eu desejava. Durante mais de cinco anos fui obrigado a manter, paralelamente, às outras profissões, pois tive que ganhar dinheiro com elas para manter o meu sonho de sobreviver às custas do meu trabalho de consultor e despachante da ANTT.
Durante uma média de 5 anos tive que fazer muita divulgação, visitei muitas regiões do estado viajando sozinho, colocando placas e adesivos, correndo o risco de perder meu carro e minha própria vida em viagens longas e perigosas.
Depois de tudo, tive também que enfrentar várias mudanças na resolução e nas parcerias, pois no início não era como hoje, quem dominava a situação era somente o sindicato da categoria e o Sest Senat, o despachante só podia representar o cliente com procuração, e a ANTT só tinha um ponto de atendimento para o Brasil inteiro através de correspondências e com procuração.
Nesse tempo, além de tudo que já relatei, fiz também várias tentativas de encontrar o lugar certo, onde eu pudesse envelhecer fazendo o que faço hoje em dia. Fiz as seguintes tentativas: Tive um ponto no mercado São Sebastião, não deu certo. Tentei na Av. Pontes Vieira, não deu certo. Tentei em dois pontos diferentes na Av Mister Hull, não deu certo. Tentei em frente à Ceasa, não deu certo. Tentei de forma legalizada dentro da Ceasa através de licitação para um ponto de atendimento, mas também não deu certo por conta dos altos custos.
O problema não era o ponto de trabalho e sim o monopólio que havia, então tive a ideia de construir um ponto próximo à minha residência com o objetivo de diminuir as despesas e poder permanecer sem o risco de prejuízos por conta das dificuldades que eu enfrentava para atender meu cliente, e aqui estou até hoje na BR 020 em Caucaia.
Mas também tem dificuldades que vêm para engrandecer quem é competente e honesto. Até 2015, por conta dessas grandes barreiras que havia para representar o caminhoneiro, fiquei conhecido por caminhoneiros de todos os estados do Brasil, que em algum momento ficaram embarreirados nas filas das indústrias para pegar cargas, pois sem o RNTRC da ANTT não pode viajar, e por isso cheguei a acumular mais de trezentas procurações até 2015 de pessoas que atendi de todo Brasil.
Depois de 2015 houve mudanças que facilitaram o atendimento em todo Brasil, hoje quem tinha a importância que eu tinha, já não tem mais. Mas hoje me sinto assim: fui moço, hoje sou quase velho, mas nunca vi um justo desamparado. Guardo comigo a herança de procurar ser justo, fazer o bem e perdoar, é isso que pretendo levar para a eternidade.
consulta e serviço intermediário ANTT
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